MANAUS – Advogada da família do engenheiro Flávio Rodrigues, Geysa Mitz Guimarães, declarou nesta segunda-feira, 18, que o resultado das perícias e a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos no crime, poderão trazer, segundo ela, os elementos necessários para que a Polícia Civil consiga chegar a um desfecho para o caso.
O inquérito que investiga a morte de Flávio Rodrigues foi prorrogado por mais 30 dias no dia 1º de novembro, com isso, caminha para seus dias finais de investigação.
“Acreditamos que com o resultado das perícias e quebra do sigilo telefônico a autoridade policial deve chegar a uma conclusão. Esperamos que a verdade realmente apareça e que com isso possamos responsabilizar cada um pelos crimes eventualmente cometidos”, disse a advogada.
Geyza não participou, na tarde desta segunda, da reconstituição da morte do engenheiro Flávio Rodrigues. A reconstituição ocorre no condomínio Passsaredo, localizado no bairro Ponta Negra, endereço onde o enteado do prefeito de Manaus, Arthur Neto, Alejandro Valeiko, morava.
O local foi o último lugar onde o engenheiro foi visto com vida. O corpo dele foi encontrado em um terreno no Tarumã, também na zona Oeste, na tarde de segunda-feira (30), com perfurações no corpo causadas por arma branca.
“Nem a família, nem os advogados da vítima vão acompanhar a reconstituição, porque é uma diligência do inquérito policial em que somente as partes, acompanhadas de seus respectivos advogados, participam. Apesar de, como advogados da família vítima, nos ter sido oportunizado participar de quase todos os atos do inquérito policial, esse, especificamente não poderemos participar em razão da dinâmica da diligência”, informou a advogada.
Segundo ela, cada suspeito será conduzido à cena do crime isoladamente e falará como se deram os fatos apenas na presença da autoridade policial e de seu advogado.
“Desta maneira tenta se evitar a comunicação entre os suspeitos e o vazamento de informações. O inquérito policial se encontra em fase final, e nós que acompanhamos tudo desde o início, sentimos muita segurança no trabalho da polícia. A autoridade policial se mostrou muito diligente durante todos os atos realizados, demonstrando sempre o interesse na busca pela verdade dos fatos, o que também é nosso maior interesse”, concluiu Geysa.
Estão presos por suspeita de autoria ou participação na morte de Flávio: Elielton Magno de Menezes Gomes Júnior, 22, José Edvandro Martins de Souza Júnior, 31, o sargento da Polícia Militar (PM) Elizeu da Paz de Souza, 37, e o ex-PM Mayc Vinícius Teixeira Parede, 37, e Alejandro Molina Valeiko. Cumpre prisão domiciliar o cozinheiro Vitório Dell Gato.