MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou, na manhã desta sexta-feira, 1º, que não cabe mais voltar a ações como as praticadas através do AI-5, período conhecido como o mais sombrio da Ditadura Militar.
A declaração de Wilson ocorre um dia depois do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defender em entrevista à jornalista Leda Nagle medidas drásticas, como “um novo AI-5”, para frear manifestações de rua.
“No processo que a gente avançou de democracia, não cabe mais voltar a ações como essa. O AI-5 foi um dos grandes ataques ao processo democrático de cerceamento da liberdade de expressão, de liberdade artística”, disse Wilson durante entrevista à imprensa no lançamento do programa “Peixe no Prato”, na zona Leste de Manaus.
O Ato Institucional nº 5, AI-5, concedeu poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do Regime Militar ou como tal considerados.
Wilson disse ainda que se o AI-5 existisse, ele não seria governador e nem a imprensa poderia realizar seu trabalho.
“Se hoje tivesse perdurado o AI-5, por exemplo, hoje eu não seria governador e nem vocês, enquanto jornalistas, estariam aqui fazendo um trabalho que é fundamental para a sociedade”, declarou o governador do AM.