MANAUS – A esposa do delegado da Polícia Civil do Amazonas, Gustavo Sotero, Daniela Maciel, afirmou nesta segunda-feira (28) ter contratado advogados da região sul do país para fazer a defesa do marido após profissionais do estado, segundo ela, sob orientação da OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas), terem se negado a atuar no caso.
Sotero é acusado da morte do advogado Wilson de Lima Justo Filho e lesão corporal contra Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, Maurício Carvalho Rocha e Iuri José Paiva Dácio de Souza. O crime ocorreu no dia 25 de novembro de 2017, por volta das 3h, em uma casa de show localizada no bairro São Jorge, zona Oeste de Manaus.
“Quando aconteceu (…) nós ligamos para cinco advogados aqui em Manaus, onde todos os cinco advogados, a pedido da OAB-AM, (não aceitaram advogar) não advogassem para o meu marido. Por isso, os advogados do meu marido são de fora de Manaus”, disse Daniela Maciel durante entrevista coletiva na tarde desta segunda.
A defesa de Sotero concedeu uma coletiva nesta segunda, às vésperas do julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, no Fórum Ministro Henoch Reis.
O advogado criminalista Cláudio Dalledone Júnior é o responsável por atuar na defesa de Sotero.
Outro lado
Ao ESTADO POLÍTICO, o presidente da OAB-AM, Marco Aurélio Choy, afirmou que nunca houve orientação da Ordem para que advogados do estado não atuassem na defesa de Gustavo Sotero.
“Nunca. Todos têm direito à defesa. Nem teríamos como fazer isso em um universo de 15 mil advogados”, disse Choy.