MANAUS – O MPF (Ministério Público Federal) instaurou um Inquérito Civil para apurar o eventual dano ambiental que a invasão “Monte Horebe” ocasionou na Reserva Adolpho Ducke, que abriga o MUSA (Museu da Amazônia).
A invasão vem ganhando destaque nas matérias policiais, pelo número crescente de cadáveres que são abandonados no local. Na segunda-feira, quatro corpos foram encontrados na invasão.
A ocupação irregular fica situada atrás do conjunto habitacional Viver Melhor 2, bairro Santa Etelvina, na Zona Norte de Manaus, no entorno da Reserva Ducke.
Na Portaria nº 98, de 30 de setembro, publicada no Diário Oficial do MPF do dia 4 de outubro, o procurador da República Armando Cesar Marques de Castro, destaca que a Reserva Ducke cobre 10 mil hectares de floresta tropical úmida na periferia de Manaus, estando situada no divisor de águas de duas principais bacias de drenagem: um para o Rio Amazonas (bacia do Puraquequara) e outro para o Rio Negro (bacia do Educandos), “possuindo grande importância para a regulação climática e outros serviços ambientais”.
A Reserva Adolpho Ducke é um local, lembra o MPF, de desenvolvimento de inúmeras pesquisas científicas sobre a biodiversidade e ecossistemas da Amazônia.
Prazo
O procurador da República, Armando Cesar Marques de Castro, fixou o prazo de dez dias para que o Grupo Integrado de Prevenção a Invasões em Áreas Públicas da Sead (Secretaria de Administração e Gestão) e a Prefeitura de Manaus informem sobre eventual ação coordenada para controlar o avanço da invasão.
Ao Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), o MPF concedeu o mesmo prazo para que seja detalhado os eventuais danos produzido no entorno da reserva, em razão da ocupação irregular “Monte Horebe”.