MANAUS – O delegado Paulo Martins, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou, em entrevista à imprensa na tarde desta sexta-feira (4), que a Polícia Civil aguarda Alejandro Valeiko, filho da primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, se entregar nas próximas horas à polícia.
“Nós estamos aguardando ele (Alejandro) se apresentar à polícia. Não sabemos ainda (que horas ele vem). O advogado já entrou em contato conosco e já se prontificou em apresentá-lo, então estou aguardando que ele venha à delegacia, para que a gente negocie. Mas acredito que ele vá se entregar nas próximas horas”, disse o delegado.
A Polícia Civil do Amazonas suspeita que Alejandro tenha envolvimento com o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, de 42 anos. A juíza titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Ana Paula de Medeiros Braga, decretou a prisão temporária de Alejandro na noite de quinta-feira, 3.
“Precisamos ouvir todos que estavam no local, todos os envolvidos, pois nós temos várias linhas de investigação, não só uma”, declarou o delegado.
O endereço onde Alejandro mora em Manaus – no condomínio Passaredo, na Ponta Negra, zona Oeste de Manaus – foi o último lugar onde o empresário foi visto com vida. O corpo dele foi encontrado em um terreno no Tarumã, também na zona Oeste, na tarde de segunda-feira (30).
Uma versão da morte de Flávio, que foi registrada na polícia por uma pessoa presente na casa, é a de que o engenheiro foi levado do local por homens encapuzados, que invadiram a residência na noite de domingo (29).
A outra linha de investigação que a polícia seguiu foi a de que o engenheiro foi morto na própria casa, durante uma briga entre os presentes no ambiente.
Em nota, o condomínio negou a informação de que o local foi invadido por pessoas não identificadas. O texto afirma que todos os presentes na casa ingressaram com a autorização de Alejandro.
Na quinta-feira, outras quatro pessoas tinham sido presas pela polícia, em Manaus. Uma delas, segundo o delegado, já assumiu a autoria do crime. “Mas ainda precisamos ouvir os outros, para saber se quem assumiu está falando a verdade”, declarou Paulo Martins.