MANAUS – Em nota enviada ao ESTADO POLÍTICO, a Secretaria Municipal de Comunicação da Manaus (Semcom) defende que a prefeitura tem feito a parte dela com gasto mensal de R$ 1 milhão na limpeza de rios e igarapés, e cobra a população: “precisa ser a principal aliada nesse trabalho, evitando construir moradias em leito de igarapés e, principalmente, não jogando lixo no rio”.
Neste sábado (28), o site enviou um pedido de informação à Semcom sobre as providências que a prefeitura tem tomado para evitar que temporais como o da noite de sexta-feira (27) sigam matando cidadãos e dando prejuízos a milhares de famílias em Manaus.
Abaixo, a íntegra da nota:
Prezados,
Desde às primeiras horas do forte temporal registrado em Manaus, nesta sexta-feira, 28/9, à noite, equipes de várias secretarias da Prefeitura de Manaus vêm atuando no atendimento às vítimas de alagações, destelhamentos, transbordamento de igarapé, deslizamentos entre outras ocorrências, registradas em decorrência da chuva.
Em meio as mais de cem ocorrências registradas pela Central de Emergência da Defesa Civil, as equipes do órgão realizaram vistorias aos locais, juntamente, com equipes das secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), de Limpeza Urbana (Semulsp) e Infraestrutura (Seminf), atuando cada uma delas, dentro de sua área.
A Prefeitura de Manaus vem trabalhando para prevenir estes tipos de ocorrências, atuando em vários pontos da capital, que como sabido é entrecortada por vários igarapés, que recebem serviços constantes de dragagem, drenagem e limpeza.
Em agosto deste ano, a Prefeitura de Manaus atuou em diversas frentes de obras na dragagem e desassoreando do leito de igarapés em áreas com maiores riscos de alagamentos na capital. Na ocasião, mais de 8,5 quilômetros de igarapés, localizados em áreas distintas foram dragados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) que trabalhou simultaneamente em quatro pontos. As áreas atendidas foram mapeadas pela equipe técnica do órgão, que identificou os trechos críticos.
A medida preventiva evita que, em períodos de chuva forte, áreas próximas ao leito dos rios sejam alagadas. Uma das ações ocorreu na rua Barão do Rio Branco, na comunidade Parque das Nações, zona Centro-Sul, onde mais de um quilômetro do igarapé recebeu revitalização. Os trabalhos se estenderam até a ponte que cruza a avenida Professor Nilton Lins, no Parque das Laranjeiras.
Outro ponto que recebeu serviços foi o igarapé que passa na avenida G, na comunidade Campo Dourado, no bairro Cidade Nova, zona Norte, onde 1,5 quilômetro de igarapé foi recuperado. Trabalho semelhante também ocorreu na comunidade Santa Cruz, na avenida Torquato Tapajós, onde dois quilômetros de igarapé receberam manutenção.
Uma das maiores frentes ocorreu no conjunto Jardim Primavera, no Parque 10 de Novembro, também na zona Centro-Sul. Ao todo, 4,5 quilômetros foram sanados. Os trabalhos também se estenderam até o bairro do Coroado, na zona Leste.
Limpeza
Ainda no mês de agosto, a Prefeitura de Manaus apresentou o conjunto de 12 equipamentos utilizados na limpeza de igarapés: duas balsas, dois empurradores, duas escavadeiras hidráulicas, uma embarcação autopropulsora, tipo carga geral, e cinco botes com motores de popa. O Maquinário já está sendo utilizado pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) para a coleta fluvial de resíduos nas margens de rios e igarapés de Manaus.
O serviço de limpeza pública atua todos os dias em Manaus, atendendo, em média, 36 igarapés por mês. Quase 880 toneladas de resíduos são retiradas mensalmente dos rios, um dos mais onerosos realizados pela Semulsp, a um custo de quase R$ 1 milhão aos cofres municipais, a cada 30 dias.
Os equipamentos mais pesados, como empurradores, balsas e as escavadeiras hidráulicas, percorrem a orla da cidade todos os dias, passando inclusive pelas 13 comunidades rurais atendidas pela Prefeitura de Manaus. Já os botes e barcos menores são utilizados em igarapés mais estreitos e rasos, como a maioria que corta a cidade. No acumulado de janeiro a junho de 2019, já foram retiradas mais de 5,3 mil toneladas de lixo dos rios e igarapés locais.
Entretanto, há de se ressaltar que a população também precisa ser a principal aliada nesse trabalho, evitando construir moradias em leito de igarapés e, principalmente, não jogando lixo no rio.