MANAUS – A empresa Ezo Soluções Interativas que tem contrato investigado por suposta fraude, quer receber do Governo do Estado R$ 5 bilhões.
A empresa foi contratada na gestão anterior a de Amazonino Mendes (PDT), pela Secretaria Estadual de Habitação (Suhab) para serviços de recuperação de valores junto à carteira do FCVS – Fundo de Compensação de Variações Salariais, da Caixa Econômica.
Segundo o governo, não há registros nem do contrato e nem dos serviços que foram prestados pela Ezo.
Inquérito
O Ministério Público Estadual (MP-AM) já instaurou inquérito civil contra o ex-diretor-presidente da Suhab, Nilson Soares Cardoso Júnior, e outros três servidores da pasta, com o objetivo de investigar eventual fraude na contratação da Ezo.
No inquérito, de autoria do promotor Edilson Martins, são investigados José Júlio César Correa, César Augusto Marques da Silva, Leandro Carlos Spener Xavier e Nilson Soares Cardoso Júnior, responsáveis, segundo a denúncia, por levar a Suhab a contratar a empresa.
Entre as considerações que baseiam a instauração do inquérito civil está o relatório de uma Comissão de Sindicância Investigativa da Suhab (Processo n. 1.186.2017-SUHAB), que apontou “possível ato de improbidade administrativa, fraude e ilegalidade na contratação da empresa” pela pasta.
O contrato foi assinado no dia 15 de setembro de 2017 pelo diretor presidente da Suhab, Nilson Júnior, um dos investigados no inquérito, mas só foi publicado no DOE na edição do dia 4 de outubro daquele ano.
Comissão
No dia 18, o governador Amazonino Mendes (PDT) criou uma comissão para investigar o contrato entre a Suhab e a empresa Ezo Soluções Interativas.
A comissão é presidida pelo secretário chefe da Casa Civil, Arthur César Lins, e possui como um dos membros o secretário de Fazenda Alfredo Paes.