MANAUS – Na chegada à Justiça Federal nesta quarta-feira (25), o empresário Murad Aziz negou ter obtido informações prévias da operação Cashback, quarta fase da operação Maus Caminhos.
Segundo Murad, sua relação com o médico e empresário Mouhamad Mustafa era apenas a de paciente e médico. Mas admitiu amizade também.
“Eu não sabia da operação. A imprensa sabia antes, que já tinha imprensa na minha casa”, afirmou Murad.
O empresário, que é irmão do senador Omar Aziz (PSD), disse ainda que não pode ser envolvido em “certas coisas” somente por se relacionar com Mouhamad.
“Era meu médico, me tratou. Sou padrinho da filha dela. Não é porque ele está envolvido em certas coisas que eu faço parte”, disse Murad.
No processo em que Murad é interrogado nesta manhã, Murad é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter tido acesso a informações sobre a deflagração da Operação Cashback. Ele foi preso na ocasião.
Na ação penal, o MPF aponta que Gilberto Aguiar, outro réu no processo, teve acesso às informações sobre a Operação Cashback, com deflagração prevista entre 24 e 28 de setembro de 2018, e alertou outros alvos sobre as medidas a serem cumpridas.
Entre os que receberam as informações repassadas por Gilberto Aguiar está Jader Helker Pinto. Ele é cunhado de Mansur Aziz, que é irmão de Murad Aziz, um dos alvos da Operação Cashback.
“Ao informar Jader sobre a realização da operação, por meio de mensagens de texto em aplicativo de celular, Gilberto citou inclusive pessoas que seriam presas naquela fase da Operação Maus Caminhos, o que demonstra bastante conhecimento das medidas até então sob sigilo e que ainda seriam efetivadas”, informou o MPF em nota à época do recebimento da denúncia.
Diferente do que vinha ocorrendo nos outros interrogatórios da Maus Caminhos, a juíza Ana Paula Serizawa não permitiu que a imprensa acompanhe os desta quarta-feira.
Abaixo o vídeo: