MANAUS – A ex-primeira-dama do Estado do Amazonas, Edilene Gonçalves, disse nesta terça-feira (6), em depoimento na Justiça Federal que violou um depósito de uma empresa de guarda-volumes lacrado pela Polícia Federal (PF) por falta de orientação.
Edilene foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por obstrução à Justiça, no âmbito da operação Maus Caminhos. “Eu não tinha sido orientada. Não sabia que a polícia ia lá, e eu precisava da matéria-prima (cera depiladora). Eu não sabia que não podia ir lá”, disse Edilene.
O MPF sustenta que Edilene não costumava ser a pessoa que frequentava a empresa de guarda-volumes, e que ir ao depósito dois dias depois da prisão do ex-governador José Melo indicaria uma tentativa de destruir provas.
Edilene declarou ser proprietária de empresa especializada em depilação. E que quando não podia pegar material de trabalho na empresa de guarda-volumes, mandava alguém, às vezes um irmão.
A Justiça Federal iniciou nesta terça-feira uma série de audiências dos réus no processo da Maus Caminhos, alvos das fases denominadas Custo Político e Estado de Emergência.
A Maus Caminhos apura um esquema de corrupção que desviou pelo menos R$ 104 milhões do setor da saúde no Amazonas, entre 2014 e 2016. Mouhamad é apontado como principal operador dos crimes, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Foto: Estado Político