MANAUS – A assembleia geral de servidores públicos do Amazonas convocada por grupos de oposição ao governo Wilson Lima (PSC) na manhã deste sábado (3) iniciou sem a força esperada pelas lideranças. O ato é realizado na sede do sindicato dos policiais civis, na zona centro-sul de Manaus.
Desde meados de julho o grupo tenta convencer servidores das áreas de segurança, educação e saúde a entrarem é greve. O movimento, denominado “Revoga já”, faz parte da pressão para convencer o governo a revogar a lei que condiciona novos reajustes no Poder Executivo, nos anos de 2020 e 2021, ao reequilíbrio entre receita e gastos com folha.
Na assembleia deste sábado, as lideranças tentam chegar ao acordo para uma greve geral. “Alguém aqui neste grupo acredita que a medida do congelamento dos salários é necessária? Se você concorda que não, então participe da próxima Assembleia Geral, sob risco de ter que viver dias amargos pelo congelamento do teu salário”, diz trecho de uma nota assinada por Helma Sampaio, coordenadora geral do Asprom Sindical, grupo ligado ao movimento de trabalhadores da educação.
O governo tem defendido que não há motivo para greve. Sustenta que pagou todos os reajustes e promoções devidos aos servidores em 2019. Ao seu favor, o Executivo tem demonstrado aos servidores que recebeu da gestão Amazonino Mendes (PDT) um déficit orçamentário, onde mesmo que a arrecadação crescendo, ainda não cobre o rombo da folha de pessoal.
“Balanço da Secretaria de Fazenda (Sefaz-AM) mostra que a arrecadação tributária estadual teve alta de 6,1% em julho, comparado a igual mês de 2019. Embora maior, a receita proveniente de tributos não é suficiente para cobrir o déficit das contas públicas, sobretudo em gastos com pessoal. No primeiro quadrimestre deste ano, da disponibilidade de caixa, da ordem de R$ 3,21 bilhões, restaram ao Estado apenas 5% para folha de pagamento e outras despesas essenciais ao funcionamento da máquina pública”, diz trecho de matéria enviada pelo governo na noite sexta-feira (2)..