MANAUS – O empresário Amin Aziz, irmão do ex-governador e senador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), foi preso novamente na manhã desta quinta-feira (1º) pela Polícia Federal. Amin foi preso no dia 19 de agosto, durante a operação Vertex, desdobramento da operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e a existência de uma organização criminosa que desviou recursos milionários da Saúde do Amazonas.
Em nota, a PF informou que “foram angariados provas e indícios de que um dos investigados – que foi preso no dia 19/07/2019 – teria tomado conhecimento prévio da ação policial que estava prestes a ser deflagrada e, munido dessa informação, teria, com o auxílio de um outro indivíduo, removido objetos de sua residência com o intuito de prejudicar a investigação policial”.
Além de Amin, foi preso na manhã desta quinta Madson Kleber, que é tio da esposa do empresário. A Polícia Federal informou que cumpriu, nos bairros Cidade de Deus e Parque 10 de Novembro, em Manaus, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão, como desdobramento da Operação Vertex.
As medidas cautelares deferidas pela 2ª Vara da Justiça Federal, no interesse do Inquérito Policial que apura o caso, têm por objetivo, de acordo com a Polícia Federal, “contribuir para o esclarecimento dos fatos no que se refere às hipóteses criminais de vazamento de investigação sigilosa com o objetivo de prejudicar a eficácia da ação policial do dia 19/07/2019, e de embaraço a investigação sobre organização criminosa, por meio da ocultação/destruição de provas, além de outros possíveis crimes correlatos”.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o advogado de Amin Aziz, Rodolfo Sant’Anna, afirmou que ainda não teve acesso à decisão da Justiça Federal que determinou a prisão do empresário. Questionado sobre a hipótese de Amin ter informações da operação Vertex e, por isso, atuado para ocultar e destruir provas, o advogado declarou que a suspeita da PF não faz sentido.
“Não tenho nem como comentar sem ter acesso, mas não faria sentido tendo ciência da deflagração da operação, deixar suas filhas presenciarem a própria prisão. Filhas, inclusive uma de 8 anos de idade”, disse o advogado.