MANAUS – A Polícia Federal informou, em laudo, que não foi possível acessar o conteúdo do celular do ex-prefeito de Nhamundá, Mário Paulain, suspeito de comprar votos para Wilson Lima (PSC) nas eleições de 2018, porque não conseguiu quebrar a senha de bloqueio do aparelho.
O aparelho havia sido encaminhado pela Justiça Eleitoral à Polícia Federal há mais de seis meses.
“Procedeu-se ao exame de material conforme descrito na seção 3 desse documento. Verificou-se que o aparelho examinado encontrava-se bloqueado por senha, não permitindo o acesso a suas informações. Visando contornar esse fato, foram utilizadas diversas técnicas periciais visando obter o acesso às informações existentes no aparelho, não se conseguindo êxito nesse objetivo. Iniciou-se então o processo forense de extração do conteúdo dos cartões tipo SIM”, diz o perito criminal Federal, Bruno Garbe Junior, em trecho da conclusão do Laudo.
Paulain foi preso no primeiro turno das eleições portando dinheiro em espécie e material de campanha de candidatos, entre eles Wilson Lima. Na ocasião, o celular do ex-prefeito foi apreendido, e desde então a Justiça Eleitoral aguardava a conclusão da perícia do aparelho por parte da Polícia Federal.
O advogado do ex-governador Amazonino Mendes (PDT), Yuri Dantas, informou que ainda não teve acesso ao conteúdo da mídia, mas que caso o resultado do relatório não seja satisfatório, outras diligências serão solicitadas.
“Por enquanto, não há muito o que comentar. Isso porque não tive acesso ao conteúdo da mídia. Por outro lado, se o resultado não for satisfatório, outras diligências serão solicitadas. Não descarto absolutamente nada”, disse o advogado.
Entre outras diligências que podem ser solicitadas, estão, segundo o advogado, informações junto à operadora de telefonia celular utilizada pelo ex-prefeito, e ainda a indicação de um perito assistente para nova perícia no aparelho celular.
A advogada do governador Wilson Lima, Maria Benigno, informou que “a defesa recebe o laudo com naturalidade pois é apenas um passo da instrução (fase de coleta de provas)”.
“No mais, confia-se que, ao final, será provada a improcedência da acusação”, disse a advogada.
Abaixo , o relatório: