MANAUS – Com o fim do prazo de cinco dias da prisão preventiva da operação Vertex, os irmãos do ex-governador e senador Omar Aziz (PSD), Amin, Manssur e Murad Aziz, deixaram o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) em Manaus, na quarta-feira (24).
A operação Vertex é um desdobramento da Maus Caminhos, investigação que apura desvios de recursos da saúde no Estado do Amazonas, entre os anos de 2014 e 2016. Os irmãos do ex-governador são acusados de se beneficiarem financeiramente do esquema de corrupção.
O último a deixar o CDPM foi Murad. Isso porque, além da prisão na operação Vertex, havia outro pedido de prisão contra ele, expedido pela Justiça Estadual de Roraima, por dívida de pensão alimentícia.
O empresário deixou a prisão no final da tarde de quarta. Enquanto os irmãos foram postos em liberdade no início da manhã de quarta.
A operação Vertex foi deflagrada no dia 19. No total, dez pessoas foram presas. São elas:
- Nejmi Jomaa Abdel Aziz
- Amin Abdel Aziz Neto
- Manssur Muhamad Abdel Aziz
- Murad Abdel Aziz
- Nafice Bacry Valoz
- Jose Renato de Lima
- Ricart Campos Marques
- Paulo José Gomes da Silva
- Josenário Baracho de Figueiredo.
Primeira-dama
Nejmi Aziz, ex-primeira-dama do Amazonas, foi a primeira a deixar a cadeia, no domingo (21). Na quarta-feira (24) à tarde, ela esteve na Polícia Federal (PF) prestando depoimento. O portal de notícia da Globo, o G1, fez fotos da chegada dela à PF. Veja aqui.
Omar
Omar Aziz também foi alvo da operação Vertex. Contra ele foi cumprido mandado de busca e apreensão e impostas medidas cautelares, como: proibição de se comunicar com outros investigados e sair do país.
Na terça-feira (23), Omar prestou depoimento na PF. Ele é acusado de receber dinheiro desviado do esquema de corrupção.
Ao deixar a superintendência da PF no Amazonas, em Manaus, o senador se declarou inocente. Alegou que os crimes apurados são do período em que ele não era mais governador.
A PF e o Ministério Público Federal (MPF) sustentam que foi no apagar das luzes da gestão de Omar, final de 2013 até abril de 2014, que a Organização Social responsável por iniciar todo o esquema, o Instituto Novos Caminhos (INC), se instalou na gestão da saúde do Amazonas.
Para os investigadores, há indícios de que a contratação do INC para administrar unidades de saúde no Amazonas foi direcionada. E que por conta disse, Omar e os irmãos receberam vantagens indevidas oriundas dos contratos do INC mesmo depois da saída do político do posto de governador.