MANAUS – Em texto divulgado à imprensa na tarde desta terça-feira (18), a assessoria do ex-governador Amazonino Mendes (PDT) puxou o histórico político dos conselheiros do TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado) nomeados pelo também ex-governador e atualmente senador, Eduardo Braga (MDB).
Na manhã desta terça, a Corte de Contas reprovou, por três votos a dois, as contas do exercício de 2018 de Amazonino à frente do Governo do Amazonas.
“Dois dos três votos contra a aprovação das contas, foram de conselheiros nomeados pelo então governador e hoje senador Eduardo Braga (MDB): Ari Moutinho Junior e Júlio Pinheiro. O terceiro voto foi do conselheiro Érico Desterro. Votaram pela aprovação Josué Filho e Mário Melo. O conselheiro Júlio Cabral se absteve de votar. Ari é ex-vereador e ex-secretário de Governo de Eduardo Braga. Júlio é ex-secretário de Segurança de Eduardo Braga”, diz o texto encaminhado pela assessoria de Amazonino.
No texto, o ex-governador destacou que a decisão do TCE-AM não é definitiva, mas sim um parecer técnico prévio que será encaminhado para à Assembleia Legislativa do Amazonas, onde, segundo ele, os deputados vão fazer o julgamento político.
O relator das contas de Amazonino, conselheiro Josué Filho, que votou pela aprovação das contas do ex-governador, disse que a decisão foi inesperada.
“O entendimento há 36 anos é que não se reprova contas de governadores. Essa é a primeira vez”, afirmou, ao ressaltar que entende que Amazonino deveria ter as contas aprovadas por ter obedecidos todos os percentuais determinados para gastos em Educação, Saúde e Segurança. “Agora, o Tribunal vai emitir um parecer e Assembleia Legislativa é que vai definir se aprova ou não as contas do ex-governador”, esclareceu.
Logo após a reprovação das contas de Amazonino, o conselheiro Ari Moutinho afirmou que o ex-governador “pedalou” com o orçamento do estado.