MANAUS – Em ato na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), nesta terça-feira (30), professores da rede estadual de ensino pediram o apoio dos deputados para intermediar junto ao governo do estado o reajuste de 15% pedido pela categoria.
Da tribuna da Casa, a presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), Ana Cristina Rodrigues, afirmou que a categoria espera o apoio dos deputados para encontrar uma saída com melhores condições de trabalho para os professores da rede estadual.
“Muito já se inventou para enfraquecer o movimento, mas os trabalhadores se mantém firmes. Os trabalhadores se mantém firmes porque a nossa luta é justa, e não é só por 15% de reajuste salarial, é por respeito a esta categoria que contribui para o crescimento da sociedade amazonense. Somos a maior categoria do serviço público no estado do Amazonas. Infelizmente hoje estamos a 16 dias de greve, e ainda não tivemos uma contraproposta do governo. Mas aqui, deputados presentes, e principalmente o presidente da Casa (deputado Josué Neto), nós queremos conclamar à todos vocês que venham conosco, para que possamos estar juntos construindo uma saída para melhores condições de trabalho para esses trabalhadores, que não querem estar na rua, querem estar na sala de aula”, disse Ana.
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 15 deste mês. A categoria pede o reajuste de 15%, sendo 3,93% de reposição da inflação, e 9,6% referente a perda do poder de compra relativo ao período de 2015 a 2018, quando os trabalhadores ficaram sem reajuste salarial e ainda 1,47% de ganho real. A data-base da categoria venceu no dia 1º de março.
A presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, esteve na segunda-feira (29) com o vice-governador Carlos Almeida com a expectativa de receber uma contraproposta sobre o percentual de reajuste, o que não aconteceu.
“Não há negociação. Há imposição. Negociação é quando a gente apresenta números de ambos os lados mesmo que não se chegue a um consenso. Mas isso não existe nesse governo. O percentual não muda”, afirmou.
Antes de seguir para a ALE-AM nesta manhã, os trabalhadores fizeram uma manifestação em frente à Arena da Amazônia.