MANAUS – O secretário estadual de Educação do Amazonas, Luiz Castro (Rede), afirmou na quarta-feira, 10, que torce para que o movimento grevista perca força nos próximos dias e que as lideranças da greve marcada para o dia 15 “caiam em si”.
“Quando os professores começarem a comparar e perceber que o Amazonas está fazendo, nessa circunstância de dificuldade, muito mais do que os outros estados, eles vão perceber que há algo de errado com esse discurso que está sendo feito por algumas lideranças, que eu espero que caiam em si. Porque nós temos um dever com os alunos. Não podemos prejudicar o ano letivo. Eu sei que os pais e mães estão ansiosos”, declarou Luiz, no final do evento de balanço de 100 dias do governo Wilson Lima (PSC).
Luiz disse que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) aceita e já discute uma lista extensa de reivindicações dos professores, e que a única que não pode ceder, que é o reajuste de 15%, é por causa de impedimento legal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo estadual propôs pagar aos profissionais 3,93% de data base.
“Não é momento de greve. Esse governo, com 100 dias, já fez mais pela educação do que todos os outros governos fizeram no Brasil. Então é uma injustiça prosseguir com uma greve que não tem consistência”, declarou Luiz.
O secretário se refere ao cumprimento do pagamento de data base de 9,38% em janeiro, além do pagamento de progressões na carreira. Segundo ele, o Amazonas foi o único estado que concedeu um percentual desse tamanho aos professores no início do ano. De acordo com Luiz, com os 9,38% somados aos 3,9%, o reajuste vai chegar aos 13%, o que não é visto em mais nenhum estado.
“E eu lembro: professores são agentes do conhecimento, e conhecimento tem a ver com a verdade, e a verdade vai se impor”, afirmou o titular da Seduc.